21/12/2008




AS TRADIÇÕES DO NATAL
(terceira parte)

1. Papai Noel – Havia no século 4, o Arcebispo Nicolau Taumaturgo que costumava ajudar anonimamente que estivesse em dificuldades financeiras, colocando na chaminé das casas sacos com moedas de ouro. Muitos milagres lhe foram atribuídos, o que fez com que acabasse sendo declarado santo.
Em l822, o escritor americano Clement Moore, autor do poema “The Night Before Christmas”, até hoje popularíssimo entre os norte americanos, acabou criando a imagem mais popular de Papai Noel. Quase meio século depois, uma série de gravuras de Thomas Nast acabou consagrando a imagem do velhinho de vermelho e branco, lendo cartas e listas de presentes em sua fábrica. Mas a campanha publicitária da Coca-Cola foi a verdadeira responsável final pela fixação da versão gorducha e alegre do personagem, impressa na imaginação popular até hoje. Todos os anos, entre 1931 e 1964, a Coca-Cola veiculava uma imagem do bom belhinho na contra capa da revista National Geografic.

A roupa vermelho e branca está associada aos mantos tradicionais dos bispos católicos, o que a vincula diretamente ao verdadeiro São Nicolau. A chaminé, está ligada ao costume dos europeus de limpá-la no fim do ano para permitir que a boa sorte por ali entrasse no ano seguinte. Na Finlândia, pequenas tendas, em formato de iglus, com a entrada feita por um buraco no telhado, teriam inspirado o poema de Moore. Já no norte europeu, a tradição diz que Papai Noel vive na Lapônia, na cidade de Rovaniemi, onde de fato existe o “escritório do Papai Noel” bem como o parque conhecido como “Santa Park”, uma atração turística local.

2. Natal brasileiro – Altamente caracterizado pela troca de presentes entre amigos e familiares na noite de 24 de dezembro, independente da tradição da chaminé dos países frios. Aqui o Papai Noel tanto pode entrar pela porta da frente, como deixar os presentes sob a árvore de natal durante a madrugada. Entre parentes e colegas de trabalho, existe o hábito de trocar presentes através do Amigo Secreto. Mas antes da festa católica incorporar os símbolos protestantes da árvore e da distribuição de presentes, a festa tradicionalmente religiosa era marcada pela missa do galo seguida da ceia em família.

Hoje, entre as tradições tipicamente brasileiras, estão os pratos típicos dessa época. Os costumes gastronômicos revelam a mistura cultural que parece universal, mas é uma adaptação bem brasileira. Da cultura portuguesa temos bolinhos de bacalhau e a indefectível rabanada, na mesma mesa onde temos o Italianíssimo panetone e aves como o peru que, no Brasil ganhou recheio de farofa e enfeites com cerejas e rodelas de abacaxi. Temos também, na mesa de Natal, o tender e o chester, este último, uma ave que está virando o símbolo do natal brasileiro, além das frutas secas européias dividindo espaço com as frutas tropicais.