17/12/2008
AS TRADIÇÕES DO NATAL
(segunda parte)
1. Arvore de Natal - Uma das maiores tradições natalinas, com forte presença no Brasil e na maioria dos países cristãos é a árvore de natal (uma das minhas prediletas). Normalmente, um pinheiro adornado com bolas e enfeites coloridos, laços de fitas, luzes e o que mais ditar a imaginação. Com a massificação da vida moderna, são bastante comuns hoje as árvores artificiais ou galhos secos em seu lugar.
À Alemanha são dados os créditos da origem dessa tradição. Diz a lenda que Martinho Lutero, olhando para o céu, viu as estrelas como colares de luzes por cima das copas dos pinheiros. Levou um galho para casa, plantou-o num vaso e, com papéis coloridos e pequenas velas nas pontas dos ramos, tentou reproduzir o que vira na natureza. Rapidamente essa tradição espalhou-se pela Europa, tentando mostrar o céu na noite do nascimento de Cristo. No início do século XIX essa tradição chegou aos Estados Unidos, de onde se espalhou para o resto do mundo.
Na idade média, em rituais pagãos, acreditando nos espíritos das árvores, quando as folhas caiam deixando-as com galhos nus durante o inverno, as pessoas as enfeitavam com pedras pintadas e panos coloridos para que retornassem na primavera. Os cristãos já viram nos pinheiros a forma triangular que representa a Santíssima Trindade. Hoje, as árvores de natal são enfeitadas no final de novembro ou início de dezembro e só devem ser desmontadas no dia seis de janeiro, quando os Reis Magos presentearam o Menino Jesus.
2. Missa do Galo - Diz uma lenda que, à meia noite do dia 24 de dezembro, os galos cantaram anunciando a vinda do Messias. Outra tradição diz que a Missa de Natal terminava tão tarde que, quando as pessoas voltavam para casa, os galos já estavam cantando. Assim, os países católicos acabaram associando o Galo à comemoração do nascimento de Cristo, denominando-a como “Missa do Galo”. Após o culto, as famílias retornavam às suas casas e colocavam a imagem do Menino Jesus no presépio antes de compartilharem a ceia e a troca de presentes.
3. Troca de Presentes – A troca de presentes está relacionada aos presentes que os Reis Magos teriam levado a Jesus. Inicialmente, trocavam-se presentes no dia de Reis, seis de janeiro, mas aos poucos, alguns povos foram antecipando essa data para a noite de Natal, talvez devido ao caráter comercial que acabou transformando a data no maior evento capitalista do ano. Por outro lado, existe também a simbologia de confraternização e estreitamente de laços afetivos e cristãos de amor ao próximo, simbolizados pelo oferecimento de presentes que, antigamente, eram confeccionados em casa. Eram pães, bolos, compotas ou pequenos objetos feitos por cada um, conforme suas habilidades, demonstrando cuidado, carinho e atenção.
4. Presépio – Conforme mencionado anteriormente, após a Missa do Galo, as pessoas colocavam no presépio a imagem de Deus Menino, simbolizando seu nascimento. Esse é o único símbolo de Natal verdadeiramente inspirado nos Evangelhos, pois segundo a tradição, em 1223, São Francisco de Assis montou uma reprodução da imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de São José, com a devida autorização papal. Desde então, famílias de diferentes culturas dentro das tradições cristãs, vêm montando a representação da cena do nascimento, acrescentando figuras e elementos conforme sua imaginação e posses.
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