(de um pobre coitado)
Sou um cara sem rumo, sem prumo e sem endereço fixo. Já fui soldado, hippie, bom moço, comunista, juventude transviada e agora sou socialista. De meu não possuo nada, apenas este enorme nariz que vive se enfiando onde não deve. Dois pés que vivem tropeçando um no outro e duas mãos que nunca sabem onde devem ficar. Ou o que devem coçar. Tenho também duas mudas de roupa, dois pares de meias furadas e um par de sapatos velhos que me acompanham aonde quer que eu vá.
Vejo o mundo por trás das grossas lentes de uns óculos cuja haste está presa por um esparadrapo sujo. Os olhos, desde menino, viraram um na direção do outro e nunca mais desviraram. Ouço bem, mas prefiro fazer ouvidos moucos, pois todas as palavras que ouço são loucas. Uma vez me disseram que sou tão gordo que as pessoas fazem cooper correndo em volta de mim. Não liguei a mínima pra isso.
Quando me interesso por uma mulher, minhas cantadas são ignoradas, mas algumas fazem a caridade de deixar-me descansar a cabeça entre suas coxas. Cheiro virilhas, cuspo pentelhos e, com as mãos, procuro-lhes os seios. O pequeno pau, duríssimo, acaba procurando seus caminhos e, quando não os erra, ejacula rapidamente. Depois corro pra privada e lavo o pequenino direitinho. Não sei por que elas acabam sempre me xingando, pois pago regiamente pelos seus serviços.
Nunca namorei, nem amei uma mulher. Nunca ofereci flores, bombons ou brilhantes. Nunca escrevi bilhetes ou cartas, nem telefonei para qualquer uma. Mas adoro apoiar a cabeça entre seios fartos e cheirar a mistura de sabonete e suor que emana deles. Por isso, quando encontro alguma incauta, dou-lhe camisas, meias e cuecas para lavar. Muitas ficam putas da vida e se vão, me deixando literalmente na mão.
É impossível explicar a angústia que bate quando sou estimulado por uma delas a entendê-la, olhá-la e vê-la. Eu as prefiro sem nome, endereço, telefone. Pago por noite, ou por hora e nem me despeço. Como bom socialista que sou, deixo-a livre para atender e saciar outro homem. Ou outra mulher, se ela quiser.
As mulheres são irritantes em sua mania de amar. E quando querem namorar, então? Tornam-se insuportáveis. Eu quero apenas continuar na minha solidão, podendo tê-las todas ao meu redor, para satisfazer meus instintos mais baixos quando me apetecer.
Me chamam de cretino, dizem que sou cruel e manipulador. Não quero ser julgado, nem tampouco amarrado. Quero apenas viver minha vidinha insípida sem arrastar ninguém atrás de mim. Talvez, se aprendesse a ser homem de verdade, pudesse permitir que algum sentimento mais nobre se apoderasse de mim, calando minha boca e mudando-me o olhar. Mas toda vez que uma mulher, cujo nome nem sei, fecha com a sua boca as minhas palavras, as suas pernas se abrem e meu pintinho enlouquece.
Não me acusem de machista, chauvinista, nem de politicamente incorreto. Sou apenas um pobre coitado, sem eira nem beira, que ainda não encontrou seu próprio lugar neste mundo louco, onde cada um quer garantir sua fatia de qualquer coisa.
Sou um cara sem rumo, sem prumo e sem endereço fixo. Já fui soldado, hippie, bom moço, comunista, juventude transviada e agora sou socialista. De meu não possuo nada, apenas este enorme nariz que vive se enfiando onde não deve. Dois pés que vivem tropeçando um no outro e duas mãos que nunca sabem onde devem ficar. Ou o que devem coçar. Tenho também duas mudas de roupa, dois pares de meias furadas e um par de sapatos velhos que me acompanham aonde quer que eu vá.
Vejo o mundo por trás das grossas lentes de uns óculos cuja haste está presa por um esparadrapo sujo. Os olhos, desde menino, viraram um na direção do outro e nunca mais desviraram. Ouço bem, mas prefiro fazer ouvidos moucos, pois todas as palavras que ouço são loucas. Uma vez me disseram que sou tão gordo que as pessoas fazem cooper correndo em volta de mim. Não liguei a mínima pra isso.
Quando me interesso por uma mulher, minhas cantadas são ignoradas, mas algumas fazem a caridade de deixar-me descansar a cabeça entre suas coxas. Cheiro virilhas, cuspo pentelhos e, com as mãos, procuro-lhes os seios. O pequeno pau, duríssimo, acaba procurando seus caminhos e, quando não os erra, ejacula rapidamente. Depois corro pra privada e lavo o pequenino direitinho. Não sei por que elas acabam sempre me xingando, pois pago regiamente pelos seus serviços.
Nunca namorei, nem amei uma mulher. Nunca ofereci flores, bombons ou brilhantes. Nunca escrevi bilhetes ou cartas, nem telefonei para qualquer uma. Mas adoro apoiar a cabeça entre seios fartos e cheirar a mistura de sabonete e suor que emana deles. Por isso, quando encontro alguma incauta, dou-lhe camisas, meias e cuecas para lavar. Muitas ficam putas da vida e se vão, me deixando literalmente na mão.
É impossível explicar a angústia que bate quando sou estimulado por uma delas a entendê-la, olhá-la e vê-la. Eu as prefiro sem nome, endereço, telefone. Pago por noite, ou por hora e nem me despeço. Como bom socialista que sou, deixo-a livre para atender e saciar outro homem. Ou outra mulher, se ela quiser.
As mulheres são irritantes em sua mania de amar. E quando querem namorar, então? Tornam-se insuportáveis. Eu quero apenas continuar na minha solidão, podendo tê-las todas ao meu redor, para satisfazer meus instintos mais baixos quando me apetecer.
Me chamam de cretino, dizem que sou cruel e manipulador. Não quero ser julgado, nem tampouco amarrado. Quero apenas viver minha vidinha insípida sem arrastar ninguém atrás de mim. Talvez, se aprendesse a ser homem de verdade, pudesse permitir que algum sentimento mais nobre se apoderasse de mim, calando minha boca e mudando-me o olhar. Mas toda vez que uma mulher, cujo nome nem sei, fecha com a sua boca as minhas palavras, as suas pernas se abrem e meu pintinho enlouquece.
Não me acusem de machista, chauvinista, nem de politicamente incorreto. Sou apenas um pobre coitado, sem eira nem beira, que ainda não encontrou seu próprio lugar neste mundo louco, onde cada um quer garantir sua fatia de qualquer coisa.
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