30/01/2009

LETRA CRUA NA PELE NUA

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Mais um livro recém saído do forno, reunindo autores blogueiros. Este é uma coletânea de textos eróticos organizada pela Euza, a nossa amada Loba.

Participaram deste livro: Adelaide Amorim, Aline Belle, B., Dama de Vermelho, Dira Vieira, Esyath Barret, Igor K. Maciel, Srta. Bia e eu. A apresentação foi feita pelo nosso querido Jens, com sua prosa descontraída.

Já comecei a leitura dos contos e garanto que é literatura erótica das melhores. A linha que divide erotismo e pornografia é bastante tênue, mas os autores se mantiveram dentro do limite do erotismo, trazendo-nos trabalhos de deliciosa leitura, prontos para incendiar imaginações.

Maiores informações poderão ser encontradas no site da Editora. Clique aqui.

Agora que já sabe sobre o livro, se quiser saber algo a meu respeito e ainda não visitou o Palimpnóia, clique aqui.
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Recebi este lindo selinho da Nade. Obrigado, minha linda!

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26/01/2009

Palimpnóia



Pensamentos soltos a respeito de mim mesmo.


Eu sou assim, meio inconseqüente, meio porra-louca, até mesmo um pouco avoado. Existem pessoas que não me conhecem pessoalmente, e acreditam que sou um jovem senhor na casa dos trinta, no máximo dos quarenta. Mas já comemorei meu cinqüentenário há alguns anos e sempre fui um homem sério em relação aos meus deveres, obrigações, amigos, etc.. O fato de viver com o sorriso aberto na cara e tentando levar tudo na brincadeira não me torna menos sério do que sou. Também sei amarrar a cara – se bem que ninguém acredita quando me vê assim e acabo sendo desarmado – falar a sério, chamar a atenção e dar bronca. Mas também aí ajo com seriedade e (sempre) com respeito à outra pessoa. Não chamo a atenção, nem dou nenhuma bronca na frente de terceiros. Ninguém merece ficar ouvindo aquela chatice na frente dos outros! E tento levar tudo numa conversa amena, mostrando os pontos que não estão de acordo com o esperado, dando sugestões de melhora e, enfim, o que mais puder para não constranger a outra pessoa. Já fui homem de terno, gravata e pasta executiva, gerenciando departamentos financeiros e de planejamento de grandes empresas multinacionais.

Quer saber um pouco mais a meu respeito? Hoje estou lá no Palimpnóia. Clique aquí, no título ou sobre a palavra Palimpnóia e leia o texto completo.
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23/01/2009

Pausa para um Desafio...


As reminiscências continuam... esta é uma pausa para atender um desafio feito pela querida amiga Jeanne do Blog Consciência e Vida.

Aproveito para convidar os amigos a visitar seu espaço, onde sempre encontramos lindas mensagens espirituais.

Recebi este desafio da Jeanne.

As regras:
1 – Agarrar o livro mais próximo;
2 – Abrir na página 161;
3 – Procurar a quinta frase completa;
4 – Colocar a frase no blog;
5 – Repassar para cinco pessoas e avisá-las;

O livro é São Luís - Biografia, de Jacques Le Goff, e a frase é:

"William Jordan mostrou, a propósito de Aigues-Mortes, o cuidado excepcional e a audácia com que Luís preparou a cruzada."

Repasso para:

Beti

Cecília

Fernanda

Jacinta

Miguel


Nota: a ilustração acima é um desenho meu, da lateral da Igreja de Santa Rita, em Paraty / RJ.
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20/01/2009

Reminiscências 2

Meus olhos passeavam pelo decote que escondia os frutos maduros que faziam minha imaginação voar sem rumo, nem direção. O espaço visível de pele alva e rosada levava minha imaginação ao tom e à textura da pele encoberta pelo tecido da blusa que ela vestia. Chegava a sentir a ponta da minha língua passeando por entre aquele sulco que dividia e unia os frutos do meu desejo. Narinas dilatadas, pressentia o perfume que deles emanava, atraindo minha fome e aguçando meus sentidos. Eu tinha fome de senti-los presos entre minhas mãos, à mercê dos meus lábios ávidos que os sugariam, mordiscariam, lamberiam transformando todo aquele apetite em espasmos de amor. Boca seca, lábios selados pelo desejo, permitia que a imaginação voasse por aquele caminho entre os dois frutos, até alcançar a aréola de um deles, onde a língua passearia, gulosa, deixando atrás de si um rastro de saliva. Meus dentes procurariam o mamilo para mordiscá-lo deixando-o túmido e pronto para outros embates de carinho. Meus lábios comprimiriam sua pele pressionando-a em um passeio sem fim. Minhas mãos, em carícias mais ousadas, os sopesariam e passeariam por toda a sua superfície, despudoradamente, sem pressa, sem direção. O seu gosto e o seu perfume invadiriam os meus sentidos levando-me à loucura da satisfação de desejos longamente reprimidos. Seu corpo, enlanguescido pelo carinho, finalmente se abriria para o meu.

E minha tia continuava contando uma história de familia enquanto se abanava contra o calor daquele verão antigo...
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17/01/2009

Reminiscências 1



este selinho eu ganhei da Nadejane, a menina "vencedora".



este selinho eu ganhei da Betinha , ela sim, a garota que transforma e melhora nossos dias.

Repasso ambos para todos os amigos leitores, pois todos são vencedores, transformadores e merecedores de premios.


Reminiscências 1



Aquela boca tirava minha paz. Mesmo os lábios fechados, unidos, sem sorriso, me deixavam sem lugar, sem chão. Meus olhos, grudados, ávidos, esperavam um leve deslocamento daqueles lábios carnudos, pintados de vermelho vivo, para banharem-se em sal e água. Espera angustiante, raramente satisfeita. Olhos secos, vidrados e a mente em variações febris. Vez ou outra ofereciam a dádiva de abrirem-se lentamente, permitindo a visão dos dentes brancos e perfeitos. Quando meus olhos fisgavam a fugacidade da ponta da língua rosada, meu coração palpitava mais forte, descompassadamente. Sorrisos? Raríssimos! Mas quando se anunciavam, era como o surgimento da aurora! Tudo se iluminava e as cores se intensificavam. Meus lábios ansiavam por aninhar-se entre aqueles inalcançáveis, minha língua via-se, sorrateira, insinuando-se à procura da sua, úmida e rosada, pronta para a carícia. Ansiava por sentir-se apertada entre os dentes alvos e brilhantes. Observando aqueles lábios fechados, unidos, sem sorriso, imaginava meu dedo passeando sobre eles, acariciando-os e fazendo-os se abrirem, roçando os dentes pelas minhas impressões digitais, oferecendo-me arrepios de prazer e surpresas inimagináveis. Imaginava-os ávidos, trêmulos de desejo, à espera do beijo inevitável. Meus olhos secos, vidrados, passeavam pelos lábios que lembravam botões de rosas prontos para o desabrocho, sem consciência do sofrimento da espera, do desejo contido, do beijo seqüestrado.

E a professora continuava explicando a Conjuração...

10/01/2009

Águas de janeiro - desolação

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Hoje acordei com um enorme susto! Como sempre faço, quando levanto, abri a janela do meu quarto que dá para o jardim. E o jardim estava embaixo d'água! Ao lado, a garagem e o caminho de pedras que leva até o portão, cobertos com uma espessa camada de lama! O meu cachorro, aflito, sem saber para onde ir, quase pulou para dentro do meu quarto pela janela, pois sua casinha estava também tomada pela lama. Saí para ver o que houve (como se eu não soubesse!) e enfiei o pé na lama para chegar até o portão. A rua coberta pela lama, nem parecia asfaltada. A calçada havia desaparecido soterrada. Alguns vizinhos, como eu, observavam perplexos aquela desolação.

Já passei por isso outras duas vezes: uma aqui mesmo, em 1985 e outra em outra cidade, com 2 metros de água dentro da loja - perdi tudo! Ainda tive um ameaço de enchente, naquela cidade, no inicio de 2007. Foram dias de angústia, tirando tudo de dentro da loja e aguardando a catástrofe que, finalmente, não veio. Mas as conseqüências foram funestas e o prejuízo nefasto.

Desta vez não foi tão grave assim, mas a minha casa fica num local mais alto, num dos bairros "bons" da cidade. Os bairros localizados à beira do rio tiveram um impacto terrível, com desabrigados, inclusive turistas, pois muitas pousadas foram tomadas pela enchente. E carros e barcos se amontoaram ou foram levados pelas águas. Foi uma tromba d'água que caiu na serra que separa Cunha de Paraty. E de lá tudo veio rolando até o mar... As histórias são muitas, mas eu ainda não me dispus a ouvi-las.

Estou na galeria agora. Já providenciamos a limpeza do jardim e não tenho muito que fazer em casa. Além do mais, a Camila que trabalha comigo teve sua casa invadida pela cheia. E ela tem um bebê de oito meses. O centro histórico foi pouco afetado, mas a lama que cobre as ruas é terrível e cheira muito mal. O prefeito já avisou que ficaremos três dias sem água, pois o reservatório está totalmente contaminado e é necessário um procedimento de descontaminação e re-tratamento. Os próximos dias não serão fáceis! Descontaminação, limpeza, reconstrução...

Pelas experiências anteriores, sou um pouco traumatizado com isso. Quando vejo na televisão cidades que sofreram enchentes, sofro junto com o povo afetado. Imagine como me sinto no meio da calamidade! Eu não tive perdas materiais, mas me aflijo com os que perderam seus móveis, roupas, casas.

Eu me recupero! E logo trago o sorriso de volta ao rosto! Por enquanto, estou carente e precisando de colo.

08/01/2009

Sobre chatos, chatices e chateações



“Esse mundo é redondo, mas está ficando muito chato.”
Barão de Itararé



O cara que puxa o saco do chefe; o marido, com seus arrotos e flatulências; a esposa, com suas reclamações das crianças e fofocas dos vizinhos; crianças malcriadas, birrentas e mimadas; cachorro do vizinho, que late a noite toda; amigo que faz piada de tudo, a qualquer momento; sujeito permanentemente mal humorado, pronto para lançar farpas aos amigos e detonar os inimigos; reuniões de qualquer tipo e em qualquer lugar; pessoas maldosas, invejosas, são todos criaturas de condutas irritantes, repetitivas, maçantes, inconvenientes, que vivem invadindo a privacidade alheia, atazanando a vida dos outros, testando nossa paciência, vampirizando nossa energia vital.

Ocupar um longo tempo ao telefone para falar, falar, e nada dizer, ou para falar mal da vida alheia, é coisa de chato. Ou, ainda, entulhar nossa caixa postal de e-mails que só ele gosta, embora seja um ato chato, nem sempre pode ter essa intenção e nem sempre vem de uma personalidade chata. Mas, há a suspeita de esse tipo de ato vir de uma vida chatinha ou de um momento de vida extremamente chato.

Como vivemos numa época que demanda rapidez em tudo, as pessoas tendem a considerar chata uma pessoa ou situação que toma nosso tempo em demasia. Acostumados a dominar o tempo e a velocidade da internet, as pessoas desta época se desesperam quando se vêm obrigadas a viver o tempo, a velocidade e o espaço da realidade concreta.
Por tudo isso, ler está se tornando muito chato. E escrever também. Ler tornou-se uma atividade lenta, quase anti-social, que exige trabalho de construção de compreensão, o que é extremamente chato.

E as pessoas idosas, menos acostumadas à velocidade moderna e, consequentemente mais lentas nos seus gestos, para comunicar algo ou sacar dinheiro no banco? São estigmatizadas como chatas e cada vez mais mal toleradas.

Existem as mães modernas, inseridas na competição do mercado globalizado, que desejam um filho como símbolo de auto-realização, embora não suportem atividades domésticas ou maternais, extremamente repetitivas e, por isso mesmo, chatas. A desgraçada da criança vira um estorvo para a carreira profissional da mãe, pois precisa de limpeza no bumbum, troca de fraldas, receber comidinha, etc.. Por isso mesmo acabam sendo cuidadas por babás, geralmente com falhas na educação e acabam engrossando a fileira de uma nova geração de chatos, mandões, narcisistas, egoístas, individualistas, arrogantes, intolerantes, indiferentes a tudo. Adeus, etiqueta social, boas maneiras, respeito aos outros!

Os cinemas, desconsiderando aquelas grandes e luxuosas salas que exibiam filmes familiares, depois pornográficos (hoje, em fase de decadência), onde a comunidade se reunia, se encontrava para um programa, se transformaram em igrejas neopentecostais, dentro do seu próprio projeto de chatinização fanática do mundo. As salas atuais, pequenas e geralmente dentro de enormes shopping centers, atraem uma geração de mal-educados que não vão para assistir o filme, mas para comer pipoca, beber refrigerante, fazer troça das imagens projetadas na tela, conversar em alto e bom som, um sem fim de infantilidades que obviamente chateia os que estão interessados em acompanhar a história do filme. Sem falar nos telefones celulares!

A internet, que prometia revolucionar a comunicação entre as pessoas, tornando a vida mais interessante, com melhor cultura geral, despertando a criatividade, está se transformando num ambiente propício à proliferação de chatos virtuais e anônimos. São pessoas pouquíssimo interessadas na individualidade alheia, agindo compulsivamente ao espalhar pelas nossas caixas postais uma infinidade de e-mails com os chatíssimos pps ou mensagens piegas e desinteressantes. E ainda se magoam se lhes pedirmos, com a maior delicadeza possível, que evitem enviar-nos essas mensagens!

Enfim, nossa tendência egocêntrica, de fundo pré-conceituoso, nos faz achar que chatos são os outros, nós, jamais! Todo ser humano faz críticas e tem dificuldade de fazer autocríticas, sobretudo quando se refere ao nosso lado chato.

Continua no próximo post...

04/01/2009

Olá, amigos!

O novo ano já começou e seus dias escorrem entre os dedos como areia. Planos, promessas, tentativas já começam a arrepiar-se com o atraso e a famosa “falta de tempo” que nos aflige. Em dezembro, voluntariamente ou não, acabamos fazendo alguma espécie de balanço de tudo o que se passou nos meses anteriores, desde janeiro. É quando decidimos mudar algumas coisas e, valentemente, dizemos: - no próximo ano tudo isto será diferente!
Decidimos colocar as contas em ordem e fazer menos dívidas, talvez alguma poupança. Resolvemos que não precisamos de tantos pares de sapatos, ou tênis, e que passaremos alguns bons anos até precisarmos comprar outros e, em menor quantidade.
Sabemos que nosso guarda-roupa transborda de camisas que não usamos, calças que jamais pensamos em vestir, paletós, então, completamente descartáveis. Melhor doar tudo para os necessitados e deixar apenas as peças básicas, realmente necessárias e com as quais nos sentimos confortavelmente bem vestidos. Roupas novas? Nem pensar! Apenas alguma coisa para o Natal e outras para o Reveillon... ah! Olha o consumismo novamente tomando conta das nossas mentes! Afinal, aquela bermuda branca que usei apenas no réveillon passado está muito boa para ser usada neste e durante todo o próximo ano. Mas será que ainda serve?
Bom, aí entra uma nova resolução: fazer dieta! Regime! Reeducação alimentar! Comida saudável! Baixas calorias! Cortar refrigerantes, doces e massas, álcool, apenas socialmente, em recepções ou festas menos formais. Ah! São tantas as restrições, que não sei não! Será que vou conseguir?
Enfim, a decisão! No próximo ano, vou beber menos, comer menos e fazer mais exercícios! Talvez consiga juntar um grupo de amigos em torno dessa decisão. Afinal, uns podem ajudar aos outros...
Amigos! Preciso rever mais vezes os meus amigos, estar mais com eles, curti-los mais, cuidar melhor das amizades. E os amigos virtuais? Preciso visitá-los com maior freqüência, cuidar mais também dessas amizades. E, quem sabe, conhecer pessoalmente mais alguns? É isso! No ano que vem, além de estar mais presente nas vidas dos amigos, também visitarei mais blogues, cultivarei mais os amigos blogueiros e farei o possível para conhecer o maior número possível deles.
E assim vão se sucedendo nossos questionamentos e nossas decisões para o ano novo. Afinal, no último dia do ano, estamos repletos de boa vontade e nenhuma vergonha na cara!
Em dezembro comprei um novo computador em seis parcelas sem juros. Portanto, estou endividado pelos próximos seis meses. Também substituí minha conexão por outra via satélite que me custará exatos R$ 81,00 todos os meses (a mais do que a conexão anterior). Isso me endivida pelo resto dos dias (enquanto mantiver esse tipo de conexão, mais rápida e menos dependente da velox).
Na corrida para o Natal, acabei me rendendo ao tal “espírito natalino” e andei comprando presentes que não constavam da minha lista. Muitos. Entre uma compra e outra, acabei comprando alguma coisinha para mim também, que ninguém é de ferro. Com isso, meu guarda-roupa (afinal, guarda-roupa ainda se escreve com hífen ou não?) ganhou mais algumas camisetas, um boné, uma sandália e duas bermudas. Para o Reveillon, uma cueca nova, para dar sorte. Ela é azul da cor do mar e estampada com pranchas de surf brancas, cada uma com detalhes em uma cor diferente, para usar um pouquinho de cada cor na passagem do ano. Dizem que é bom.
Comprei alguns livros, completei a minha coleção de Friends (faltava a 10ª temporada) e me esparramei no Supermercado, com vinhos, frutas secas, guloseimas próprias da época, bacalhau, panetones e vários outros itens absolutamente engordativos.
Até hoje não reiniciei as minhas caminhadas diárias, que já havia decidido recomeçar no início de janeiro passado. Em casa, continuo comendo as tais guloseimas que ainda resistiram, para evitar que passem do prazo de validade, claro!
E os amigos? Não visitei ninguém e só hoje recomecei a visitar os blogs amigos. E quanto ao meu próprio blog, estou agora escrevendo este texto para mostrar o tamanho da minha força de vontade e o quanto sou sem-vergonha.
Feliz Ano Novo!